Conferência encerra com apresentação de demandas ao setor público – Prefeitura Municipal de Ubatuba
A II Conferência dos Povos Originários e Comunidades Tradicionais de Ubatuba foi encerrada na noite desta quarta-feira (22), representando uma oportunidade de diálogo e fortalecimento da participação social.
A programação do dia iniciou com a apresentação do Coral Nhamandu Nhemopuã, da Aldeia Boa Vista (Tekoá Jaexaá Porã). Em seguida, houve explicação sobre a programação e os subgrupos se reuniram com a finalidade de a formular sugestões de solução ou encaminhamento para cada uma das três demandas gerais, deliberadas como prioritárias em cada eixo temático no dia anterior.
Pela tarde, após o almoço, aconteceu a plenária de encaminhamentos e desdobramentos, contando com a participação dos representantes das secretarias municipais de Meio Ambiente, Saúde, Educação, Pesca e Agricultura, Turismo, Gabinete, Segurança Pública e Defesa Social, bem como da Fundação de Arte e Cultura (Fundart), Instituto de Terra do Estado de São Paulo (Itesp),Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento e a Coordenadoria de Políticas para os Povos Indígenas do Estado de São Paulo (CPPI), da Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania. Na plenária final foram realizadas pactuações e algumas agendas marcadas. Também foram definidas as demandas gerais prioritárias e o registro de diversas sugestões de encaminhamentos e soluções para serem atendidas.
“Avaliamos que a conferência foi um sucesso, com a presença de diversos secretários municipais, representantes de entidades e órgãos e organizações da sociedade civil. No geral, teve bastante participação de comunitárias e comunitários também, de uma forma até mais qualificada do que foi na primeira conferência. Esse foi um importante passo para contribuir com a melhoria e o atendimento das políticas públicas de Ubatuba”, afirma o sociólogo da Secretaria de Assistência Social, Uirá de Freitas Alves.
Entre os participantes, Vicentina Azevedo, quilombola da Caçandoca e funcionária pública representante da Secretaria Municipal de Educação na comissão organizadora do evento, falou emocionada sobre a conferência. “Me emociono em dizer o quanto foi maravilhoso ver nosso povo reunido, organizado e lutando pelos nossos direitos. Ontem entendi a razão de ainda estar onde estou. A vivência dessa segunda conferência foi repleta de emoções”.
Relatoria
Segundo a presidente do Conselho Municipal dos Povos Originários e Comunidades Tradicionais (CMPOCT), Luísa Vilas Boas Cardoso, com o fim do evento, o conselho vai trabalhar agora no relatório final e na Carta Compromisso que será entregue aos órgãos públicos.
“Como mencionei durante a conferência, acredito que pensar em projetos e políticas públicas para os povos originários e comunidades tradicionais é realizar ações que valorizem um modo de ser e viver, que colocam a vida no centro, rumo a um desenvolvimento mais sustentável para toda a nossa cidade”, reforçou Luísa.